quarta-feira, 31 de agosto de 2016

31 de agosto

Direitos políticos,
Sonhos joviais,
De tal luta passada,
Hoje derrotada.

O que será do amanha?
Certamente dará voltas,
É preciso ter paciência,
Aguardo noutro dia.

Dia após dia,
O futuro chegará,
A história contará,
Que o estado rugiu.

Que ruíram as estruturas,
Afastaram a nossa soberania,
Apoderaram-se da nossa voz ,
Roubaram a nossa alma.

Resta-nos aguardar,
Descansemos nossa esperança,
Veja a utopia ressurgir,
Nos corações das nossas crianças.

ACS

domingo, 21 de agosto de 2016

Tanto tempo


Tanto tempo que não escrevo,
O meus sentimentos,
Talvez por isso me perdi,
Para que agora me encontrasse aqui.

Encontro-me em mim mesmo,
Em terceira pessoa, fora,
Vendo-me nos meus erros,
Banais, insignificantes e passageiros.

O tempo vem e leva meus vícios,
O vento modifica minhas palavras,
Redomas mentais me custam,
Minhas convicções humanas.

Mais uma vez o tempo vem,
E me altera, me adultera,
Me aprisiona junto aos meus medos,
Que vencidos distanciam-se.

Tanto tempo que não escrevo,
Que hoje me vejo em mim,
Sendo aquele outro jamais pensado,
Hoje, vivo, em mim e para mim.

Augusto Cesar Seifert
22 de agosto de 2016.