sábado, 21 de março de 2009

Apaga-me

O astro rei se põe, não posso vê-lo mais,
somente as chamas figuram, enfervecem,
Este pálido azul, que a noite enegrece,
pouco a pouco, a luz, e a sombra atrás.

Preciso vê-lo como preciso respirar,
Caso não te veja, durmo com os olhos abertos,
Chego sonha com teu brilho, chama,
aquela chama que encandece, não vem mais.

O horizonte cortou pela metade, a tua luz,
Cobre o pico dos montes, de subjetividade,
e assim escapa do mundo, o "eu", não sei,
Apaga as ruas, as casas, apaga-me.

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